Não me envergonho do meu País!!! Pelo contrário, acredito muito na nossa gente, nos homens de bem e nas instituições estatais.
É com imensa esperança que vislumbro e tenho ficado muito feliz em ver mudanças significativas vêm surgindo.
Nesse contexto dimensionado, refiro-me as verdadeiras instituiçoes que estão agindo e funcionando ativamente.
É com imensa satisfação que vejo a Polícia Federal, o Minitério Público, a CGU e outros órgãos de controle sendo bastante operantes e atuantes no seu papel que lhe compete com muita desenvoltura contra a corrupção e outros desmandos administrativos.
Sobre este enfoque não há margens de dúvidas e nem pode haver discussão sobre a eficácia e eficiência das ações destas instituições, pois sua legitimidade traz como primazia a tutela a res pública e ao interesse público.
Nesse sentido, devemos fazer a nossa parte também. Combater a corrupção de forma eficiente e preventiva é tarefa de todos.
A corrupção viabiliza o crime organizado e o tráfico de drogas, e atenta de forma brutal contra a juventude e demais segmentos vulneráveis da sociedade. Por fim, reduz a qualidade e a eficácia da gestão nas três esferas da administração pública, tanto no Poder Executivo, como no Legislativo e no Judiciário.
A história demonstra as consequências que a ausência de princípios éticos provoca nas nações.
Assim, de forma prolixa reafirmo, essa incumbência recai também a todos nós, deve-se sim, exigir, cobrar e fazer cada vez o cumprimento do interesse do povo através das medidas para que o Legislativo, o Judiciário e o Executivo atuem de forma equilibrada e em franco compartilhamento do poder na efetivação dos direitos da cidadania assegurados pelo marco legal.
Quando vejo muitas pessoas vociferar "vergonhar-se do país", respeito seus clamores e entendo bem esse sentimento contemporâneo, contudo, quero lembrar-lhes que não se deve olvidar que ter vergonha, querer ir embora, ficar alienado a política... é se resignar a esses grupos e setores de nossa elite, dos mais conservadores do mundo e retardatários no processo civilizatório mundial, que por 500 anos ocupam o espaço do Estado e dele se beneficiaram a mais não poder, negando direitos cidadãos para garantir privilégios corporativos. Grupos de pessoas e setores estes desprovidos de escrúpulos, sem dignidade, desonestos, canalhas, devassos.
Mentes que ainda querem viver a estrutura da sociedade romana do séc. V a.C., onde julgam-se e se intitulam patrícios, ou seja, quanto maior for o número de clientes sob proteção de um patrício, maior é seu prestígio social e político. Ou ainda, mais recentemente, como coronéis com seus escopos que não conseguem se desvencilhar da Casa Grande que a tem entrenhada na cabeça e nunca esqueceram o pelourinho onde eram flagelados escravos negros.
O resignar cria e molda um conformismo. Assim, o sentimento correto é de indignar-se cada vez mais, tornando-o como parte da rotina e, com isso não arrefecer nas cobranças aos setores públicos por políticas que melhorem cada vez mais o interesse da população.
Indignar-se é nao deixar que grupos de pessoas juntamente com os setores em sua grande maioria rentistas, queiram viver da especulação financeira, mantendo milhões e milhões de dólares fora do país, em bancos estrangeiros ou em paraísos fiscais.
Indignar-se é não deixar a seguinte pergunta lhe atingir: "o que eu fiz para merecer tudo isso?"
Lembrando sempre que, é importante tomarmos cuidado na hora de canalizar nossa indignação para que tudo não se torne apenas culpa de uma pessoa só, como muita gente vem confundindo.
A indignação é legítima, ela só precisa ser canalizada para as pessoas certas, grupos certos, setores certos com seus conluios certos e seu(s) mandante(s) certo.