quarta-feira, 30 de setembro de 2015

OPINIÃO E INTOLERÂNCIA RELIGIOSA

No intuito de não se confundir ou procurar fazer uma fusão errônea do que são opinião e intolerância religiosa, pois prefiro enveredar onde floresce a liberdade e o pluralismo seja em que sentidos forem, mister se faz distinguir o conceito de ambas, já que possuem uma linha de limite muito tênue diante de quem não sabe se expressar, proferir ou comentar.
  • Opinião religiosa é maneira de pensar, de ver, de julgar;
  • Intolerância religiosa é um termo que descreve a atitude mental caracterizada pela falta de habilidade ou vontade em reconhecer e respeitar diferenças ou crenças religiosas de outros, Pode-se constituir uma intolerância ideológica ou política. Pode-se também resultar em perseguições religiosas e ambas têm sido comuns através da história. A maioria dos grupos religiosos já passou por tal situação numa época ou noutra.
Assim, diante desses conceitos e nesse contexto, a liberdade religiosa deriva da liberdade de pensamento, uma vez que quando é exteriorizada torna-se uma forma de manifestação do pensamento. Ela compreende três outras liberdades: liberdade de crença, Liberdade de culto e liberdade de organização religiosa.
·         A liberdade de crença é garantida no artigo 5º, inciso VI, da Constituição Federal onde expressa:
“é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida na forma da lei, a proteção aos locais de culto e as suas liturgias”.
De forma ampla ela abrange a liberdade de escolha da religião, liberdade de mudar de religião, liberdade de não aderir a religião alguma e liberdade de ser ateu.
·    A liberdade de culto abrange a liberdade de rezar e a de praticar atos próprios das manifestações exteriores em casa ou em público. Ressalta-se que a Constituição Federal, preceitua em seu artigo 150, inciso VI, letra “b”:
“estatui imunidade fiscal sobre templos de todas as religiões”.
            E em seu artigo 19, inciso I:
Define que o poder público não deve embaraçar cultos religiosos e deve evitar que outros o façam.
·     A liberdade de organização religiosa, por sua vez, diz respeito à possibilidade de estabelecimento e organização das igrejas e suas relações com o Estado.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos adotada pelos 58 estados membros conjunto das Nações Unidas em 10 de Dezembro de 1948, no Palais de Chaillot em Paris – França define a liberdade de religião e de opinião no seu artigo 18:
Todo homem tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletiva, em público ou em particular.
Para não me politizar dizendo que é democrático, prefiro proferir a denominação ” é salutar” ao conjugar opinião e intolerância religiosa coadunadas com RESPEITO, isto é, onde para mim se nenhuma margem de dúvida a primazia, a prudência e a relevância têm que estar sempre alicerçada no respeito e no amor ao próximo. Porém, mesmo diante desses comentários, ainda assim alguém achar ser necessário dar opinião no sentido de correção, gosto de trabalhar com a visão do Pe. Feus, onde ele diz:
Um dos aspectos mais nobres da compreensão é saber corrigir. Sim, isso mesmo: corrigir os erros dos outros com amor e com ânimo de ajudar é uma maneira excelente de compreender.
  • Se o teu irmão pecar, vai ter com ele e corrige-o a sós. Se te der ouvidos, terás ganho o teu irmão (Mt 18,15);
  • Irmãos, se alguém for surpreendido em alguma falta, vós, que sois animados pelo Espírito, admoestai-o em espírito de mansidão (Gl 6,1);
  • Tira primeiro a trave de teu olho e assim verás para tirar o cisco do olho de teu irmão (Mt 7,5).

domingo, 27 de setembro de 2015

JEITO DE DESCULPAR-SE

Por que nós sempre nos sentimos culpados por nossos desejos ocultos? Porque vivemos cercados o tempo todo por uma metodologia de culpabilidade e imputabilidade. E quem cria todo esse envoltório? A sociedade, ou, os que se resignam em propugnar? Nós sempre nos sentimos culpados por tudo que há de autêntico em nossa existência. E sabe qual é o resultado prático dessa culpa toda que deixamos tomar conta de nossa vida? Inércia. Tornamo-nos inexorável. Ficamos tímidos de agir e de fazer coisas que sejam diferentes do que as que os outros fazem, ou até mesmos, de frustrar expectativas dos preceitos preestabelecidos socialmente. Se sua vida é cheia de receios, se sua mente está um imbróglio, se você se acha ínfimo, vale a pena se cominar? Claro que não. Afinal, quem hoje em dia é imaculado, ou tão insigne a ponto de ser melhor que o outro. Sabemos que, na maioria, quem julga não têm o discernimento de aceitar que para sermos felizes, é claro, em termos relativos, é aceitar as pessoas do nosso convívio como são, como vivem, sem exigir que elas se modifiquem à força de sua vontade e querer, pois cada pessoa tem a sua própria individualidade. O fato é que cada uma delas tem seu modo de ser, seu próprio comportamento, diferente do dele. Há muita gente infeliz, por não entender que cada pessoa está situada num degrau evolutivo ou deveria estar se lutasse. Ora, se tanta gente que, a sociedade rotula como anacrônico conseguiu vencer suas dificuldades, por que você não conseguirá também? Basta fazer o que elas fizeram, desvencilhar-se do tabu! Não é porque uma pessoa é dissidente, que deva ser segregada. Não é porque uma pessoa é insólita, que deva sofrer uma "inquisição". Deve-se sim, expor suas ideias, suas vontades, seus desejos, para redimir de sua paralisia. Não se pode ocultar a covardia de tomar atitudes que realmente precisamos tomar com desculpas, senão o mundo inteiro não segue adiante. Não devemos nos acomodar, mas sim trabalhar sempre para melhorar e progredir, mantendo resignação e fé, sem reclamar jamais.

PERSPECTIVA, PROJEÇÃO E MANEIRA DE FAZER

Iniciamos hoje um novo momento, começo de uma nova etapa, que já foi cognominado de vida nova, mas que é tempo de alegre expectativa, serenidade, reflexão, oração e determinação, preparando-nos para a nova vestimenta em firmeza de atitudes. Sabemos que contra fatos não há argumentos. E o novo tempo espera que nós desacomodemos que caminhemos e que nos decidamos por mudar. A linguagem do texto que, à primeira vista nos assusta, põe em evidência a nossa indolência nos acontecimentos e oportunidades surgidas nas nossas vidas, que nos dão ocasião de ver, nos sinais dos tempos, um perene convite a converter e assimilar "CONFIANÇA" e "SUCESSO" em nós mesmos, no nosso potencial. Situações favoráveis aparecem e devem ser agarradas, e não desperdiçadas. A este relato, insiro um elemento totalmente notório, mas de pouca praticabilidade: "RESOLUTO". A nova vida que está para nascer será antes de tudo, nela mesma, ou seja, a vida passada com seus problemas cotidianos. Então será que findado a vida velha, iniciaremos a vida nova sem seus óbices? Claro que não! Diante disto há duas maneiras de reagir: primeiro, mudar a rota da viagem, abandonar o vazio de uma vida sem significado, deixar de se escravizar pelo medo, deixar de viver na iniquidade, praticando a injustiça e longe de Deus; segundo, vivendo à alegre expectativa de quem já neste mundo vive acreditando que é capaz, que transformar-se e aprimorar-se são possíveis; que refazer a rota anterior e assumir um novo modo de viver é tanto quanto necessário, justo e um dever. Devemos abandonar a vez do "CONVENIENTE e CONIVENTE", tendência permanente atual que fazem pessoas caírem em descrédito. Não deixe os novos dias serem marcados pelo triste estigma da "INÉRCIA". Lembre-se que, a nós cabe lutar democraticamente pelo que acreditamos. É um direito nosso tentar mudar o que não nós agradamos.

CONTRA FATOS NÃO HÁ ARGUMENTOS

Contra fatos não há argumentos! Existem sintomas que, por si só, resumem as doenças. São mais que sinais, são axiomas. Quando surge opinião solerte de preconceito étnico, tentativa de privar valor sócio cultural, tolhimento do direito a crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, não há dúvida de que está em erupção um conluio contra a "DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA", um retrocesso a "LIBERDADE INDIVIDUAL" e o escárnio ao "ESPÍRITO DA DEMOCRACIA". É de uma perplexidade que tais opiniões e pensamentos divulgados publicamente, venham a emergir de pessoa que, supostamente, deveria ser combatente de qualquer tipo de atos e atitudes discriminatórias, e que também por ocupar cargo ou posição de relação e promoção dos "DIREITOS HUMANOS" se tornasse um tutor, fato este que não o faz. O certo é que não vemos todos os dias, em todos os lugares, várias ZILDA ARNS . Deparamos com objeções às ações rápidas e indispensáveis da "JUSTIÇA" para conter violações que causam danos irreversíveis. Confrontamos com chicanas para procrastinar essas mesmas ações. O "DESRESPEITO, A ESTIGMATIZAÇÃO E A SEGREGAÇÃO" desses valores e direitos, bem que valia se aplicar aqui uma paródia da célebre frase de Manon, Revolução Francesa: "LIBERDADE, QUANTOS CRIMES SE COMETEM EM TEU NOME". Devemos ficar consciente e não devemos nos desviar de que, o escopo de que quando se criou um plano de promover direitos humanos era de se erradicar a inópia, depurar-se as ideologias, para não cair num casuísmo. O importante, porém, é não deixar levar pela provocação, típica das técnicas de propaganda capitalistas, e por algum descuido, permitir a menor contra mão dessa bandeira que é assegurada em todas as declarações de direitos humanos, "LIBERDADE".

ALMA

ALMA, sede dos afetos, sentimentos e paixões; condição primacial para que as essências germinem e se tornem incrementos com veemência de sentimentos; princípio de vida; princípio espiritual do homem concebido como separável do corpo e imortal. ALMA, consonância virtuosa com o AMOR. AMOR, sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de outrem; sentimento de dedicação absoluta de um ser a outro; inclinação ditada por carinho, apego profundo. ALMA e AMOR coadunação que reúne todas as qualidades positivas concebíveis e atinge o mais alto grau numa escala de valores; concomitante adesão e anuência aos desígnios de DEUS. Humanamente incompreensível aos olhos, mas perceptível ao âmago do ser. Você é uma ALMA linda e perfeita que foi criada para ser uma faísca divina, uma centelha de luz infinita, essência das essências, o perfume perfeito, o que constituem a natureza de algo. Sendo assim, na busca do perfume perfeito, conhecer o próprio cheiro é o primeiro passo para saber qual a essência de sua assinatura aromática.

O DIREITO É APAIXONANTE

Ao iniciarmos nos estudos do curso de Direito, não nos damos conta de como a disciplina é interessante, intrigante, inebriante, envolvente, apaixonante e importante. Fazemos demasiadamente conjecturas, elucubrações de uma doutrina de ensino insípida. Não valoramos as disciplinas de Filosofia, Sociologia e Psicologia que, coadunadas com as disciplinas basilares, são miscíveis de relevância para a contextura do curso superior, tanto quanto para a formação do futuro profissional. Nos momentos mais agudos, a reação intempestiva ante a injustiça e do ato infamante do injusto é compreensível. Urge um clima propício ao indispensável discernimento, diante de medidas mais apropriadas e justas. As explosões temperativas são úteis ao reclamo de justiça, mas impedem um raciocínio tranquilo para obtenção de soluções reais. Um princípio fundamental é o primado da JUSTIÇA e do DIREITO. Qualquer transgressão à LEI, venha de onde vier, constitui um germe nocivo, que prejudica o combate a essa chaga que tanto nos aflige. A injustiça tem de ser punida com severidade, mas NÃO A REVELIA DO JUIZ. Penetramos em um mundo novo, em uma nova maneira de viver e lidar com os problemas sobre outra óptica. Abandonamos os hábitos velhos e adquirimos o entendimento do PORQUÊ se deve agir da maneira LÍCITA. Romper com o ciclo perverso do mundo que nos aconselha a responder ódio com mais ódio, vingança com mais vingança, exige coragem, disposição e conhecimento acadêmico. Descortina-se para o estudante de direito a tessitura de que é feito o verdadeiro ADVOGADO, que antes de tudo é um forte. Ousa se confrontar com as exigências burocráticas administrativas e processuais, tem coragem de enfrentar o espanto dos capciosos ao viver no mundo da JUSTIÇA e EQUIDADE, aponta a opção que faz entre valores e contra valores, propugna os que empregam meios ilícitos para atender a desejos, sem submetê-los ao CRIVO DA ÉTICAE DO BEM COMUM. Ímpio não é quem rejeita o DIREITO em que a maioria crê, mas sim quem atribui ao DIREITO os falsos juízos dessa maioria. No mundo existe demasiada violência, demasiada injustiça e, portanto, não se pode superar esta situação, a não ser que se lhe contraponha um acréscimo de DIREITO. É nesse decurso da doutrina que vamos aprendendo a fazer ACEPÇÃO DEVIDA, MERECIDA E JUSTA sobre o DIREITO, e concomitantemente ficando inebriado, extasiado. Inclinar o mundo do mal para o bem é entender que não há direito sem sociedade, nem sociedade sem direito. E com razão! A Filosofia o coloca entre os ramos da Sociologia, porque não se admite o DIREITO sem a existência do homem vivendo em sociedade. Onde quer que haja homens reunidos, pois, há necessariamente o DIREITO, manifestado seja sob que forma for. Não se compreende sociedade sem ele: "UBI SOCIETAS, IBI JUS". Fazer e usar o DIREITO como instrumento para erradicar as desigualdades sociais, as injustiças, é, sobretudo prevalecer a CIDADANIA. É a hora da decidida EXORTAÇÃO AO EXERCÍCIO DO DIREITO, considerando desde logo como disciplina cuja meta é justamente tornar feliz o homem que a pratica, de tal modo que, este deve cultivá-la durante todo o transcurso de sua existência, desde a mais tenra juventude até a idade mais avançada.

RESPONSABILIDADE DE MÃES PARA COM AS FILHAS E VICE-VERSA

Hoje quero pincelar sobre o termo responsabilidade de mãe para com as filhas e vice-versa. No cenário atual, venho observando que a idade, quanto mais senil, mais se exige dela. Nesse contexto, quando as mães se tornam avós, nessa fase da vida tão bonita e importante, precisam, elas, tomarem conta de si mesmas, cuidarem mais da saúde, se libertarem das obrigações e passarem a dar e ter mais espaço ao lazer, a amarem-se mais... Situação fática essa que antes não era possível. Diante deste diapasão, entende-se por liberdade um sentido lato sensu, ou seja, quando se fala em liberdade é no sentido genérico, onde estará significa estar livre para curtir a vida, fazer um montão de coisas, dentre elas diversas atividades que farão parte de sua vida. Entretanto, não se deve confundir liberdade pessoal e subjetiva de cadas uma com sedentarismo. Pois, em algumas situações vemos certas filhas deturparem o verdadeiro e único sentido de atividades, achando que convidar a mãe, para não dizer impor, a tarefa de tomar conta dos netos, na casa das filhas, dos filhos ou até mesmo na casa da própria avó, estaria, ela, fazendo uma atitude carinhosa, materna e responsável. Isso tudo numa concepção e acepção de estar ajudando a mães a se ocupar, a ter uma atividade, a mantê-la longe do sedentarismo. Olvidam-se, pois tais atitudes trazem consequências negativas que não atingem apenas as avós. Filhos e netos também acabam penalizados. As filha, por perderem, de certo modo, a ascendência sobre seus próprios filhos (netos); e os netos, por se apegarem demasiadamente as avós, substituindo o afeto delas pelo da mãe, o que faz com que admirem e respeitem muito mais as avós e enfraquecem os vínculos afetivos e de respeito às mães. Então, salutar é manter o relacionamento entre avós, pais e filhos no lugar certo. Mães cuidam de seu filhos do mesmo modo que foram cuidadas por suas mães! Os netos visitam as avós, estabelecendo com eles vínculos de amor, admiração e respeito, sem que isso signifique que são responsabilidade das avós. Mães criam seus filho, assumindo a responsabilidade à qual se destinaram ao decidirem ter filhos. E, eventualmente, quando for necessário, os pais recorrem à ajuda dos seus pais, reconhecendo o favor e agradecendo com compreensão, respeito e afeto.