domingo, 27 de setembro de 2015

O DIREITO É APAIXONANTE

Ao iniciarmos nos estudos do curso de Direito, não nos damos conta de como a disciplina é interessante, intrigante, inebriante, envolvente, apaixonante e importante. Fazemos demasiadamente conjecturas, elucubrações de uma doutrina de ensino insípida. Não valoramos as disciplinas de Filosofia, Sociologia e Psicologia que, coadunadas com as disciplinas basilares, são miscíveis de relevância para a contextura do curso superior, tanto quanto para a formação do futuro profissional. Nos momentos mais agudos, a reação intempestiva ante a injustiça e do ato infamante do injusto é compreensível. Urge um clima propício ao indispensável discernimento, diante de medidas mais apropriadas e justas. As explosões temperativas são úteis ao reclamo de justiça, mas impedem um raciocínio tranquilo para obtenção de soluções reais. Um princípio fundamental é o primado da JUSTIÇA e do DIREITO. Qualquer transgressão à LEI, venha de onde vier, constitui um germe nocivo, que prejudica o combate a essa chaga que tanto nos aflige. A injustiça tem de ser punida com severidade, mas NÃO A REVELIA DO JUIZ. Penetramos em um mundo novo, em uma nova maneira de viver e lidar com os problemas sobre outra óptica. Abandonamos os hábitos velhos e adquirimos o entendimento do PORQUÊ se deve agir da maneira LÍCITA. Romper com o ciclo perverso do mundo que nos aconselha a responder ódio com mais ódio, vingança com mais vingança, exige coragem, disposição e conhecimento acadêmico. Descortina-se para o estudante de direito a tessitura de que é feito o verdadeiro ADVOGADO, que antes de tudo é um forte. Ousa se confrontar com as exigências burocráticas administrativas e processuais, tem coragem de enfrentar o espanto dos capciosos ao viver no mundo da JUSTIÇA e EQUIDADE, aponta a opção que faz entre valores e contra valores, propugna os que empregam meios ilícitos para atender a desejos, sem submetê-los ao CRIVO DA ÉTICAE DO BEM COMUM. Ímpio não é quem rejeita o DIREITO em que a maioria crê, mas sim quem atribui ao DIREITO os falsos juízos dessa maioria. No mundo existe demasiada violência, demasiada injustiça e, portanto, não se pode superar esta situação, a não ser que se lhe contraponha um acréscimo de DIREITO. É nesse decurso da doutrina que vamos aprendendo a fazer ACEPÇÃO DEVIDA, MERECIDA E JUSTA sobre o DIREITO, e concomitantemente ficando inebriado, extasiado. Inclinar o mundo do mal para o bem é entender que não há direito sem sociedade, nem sociedade sem direito. E com razão! A Filosofia o coloca entre os ramos da Sociologia, porque não se admite o DIREITO sem a existência do homem vivendo em sociedade. Onde quer que haja homens reunidos, pois, há necessariamente o DIREITO, manifestado seja sob que forma for. Não se compreende sociedade sem ele: "UBI SOCIETAS, IBI JUS". Fazer e usar o DIREITO como instrumento para erradicar as desigualdades sociais, as injustiças, é, sobretudo prevalecer a CIDADANIA. É a hora da decidida EXORTAÇÃO AO EXERCÍCIO DO DIREITO, considerando desde logo como disciplina cuja meta é justamente tornar feliz o homem que a pratica, de tal modo que, este deve cultivá-la durante todo o transcurso de sua existência, desde a mais tenra juventude até a idade mais avançada.

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