Como é lindo e nos enche de bastante
alegria ver um povo todo reunido de forma expressiva, forte, porém pacífica,
num manifesto no sentido de dar uma resposta a tudo que é maléfico ao bem
social coletivo, as rédeas de má dirigibilidade de condução do país tanto na
política, quanto na economia, no financeiro, na improbidade administrativa
pública, na aética e na amoral de seus políticos.
E o mais relevante é ver que o
manifesto tem um cunho patriota, um interesse no bem da própria nação, isto é,
sem partidarismos, sem sectarismos. Vejo isso como um excelente legado que o
povo deve deixar para as futuras pretensões políticas ou pretendentes
políticos.
Para além das bombas de efeito moral
que sobraram em alguns manifestos e desapareceram em outros, essa manifestação
de hoje chama atenção pela forma inteligente e pacífica, porém determinada em
dar um “basta”, que a meu ver seus efeitos só irão findar quando atingido o seu
objetivo, ou seja, não é uma manifestação efêmera, pontual, partidarista.
Trata-se da vontade da nação conforme esta instituída no preambulo de nossa
Constituição, ou seja, que realmente possamos ter um Estado Democrático,
destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a
liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça
como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos,
fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional,
com a solução pacífica das controvérsias, promulgada sob a proteção de
Deus.
E essa manifestação é um direito ao
exercício de manifesto assegurado pela própria Constituição. Ressalta-se e é de
suma relevância saber que o termo “assegurado” é função de garantia
dogmático-constitucional, não garantia de direito abstratamente considerado, e
sim de seu exercício legal.
Isso tudo porque está mais do que
claro, está visível que o povo não admite mais termos um Brasil de política que
efetivamente mente. Essa falta de sensatez com os interesses do povo e
concomitantemente o aumento da desfaçatez para esses mesmos interesses
aludidos, isso é muito grave. Na política, a mentira faz parte do seu cerne,
porém com um mundo totalmente globalizado e com diversas ferramentas práticas e
céleres em que hoje você consegue facilmente ver, quando há, as contradições e incoerências,
é inadmissível conceber que uma mentira se perpetue.
Nesse mesmo seguimento em combater a
mentira, estamos conseguindo ver, algumas instituições e homens, pautado e
norteado que uma justiça que não se politiza, ela ganha a capacidade de ser
justa.
Foi de uma grande alegria terminar esse domingo,
extasiado e enaltecido por esse patriotismo que está começando a acordar. E
para contribuir um pouquinho mais, deixo como leituras importantes duas dicas: “Mascarados: A verdadeira história dos
adeptos da tática Black Bloc” de Esther Solano; Antígona e Maquiavel – A ética jornalística
na vida real das redações de Renato Janine Ribeiro.
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