domingo, 13 de março de 2016

MOSTROU-SE PARA QUE VEIO

Como é lindo e nos enche de bastante alegria ver um povo todo reunido de forma expressiva, forte, porém pacífica, num manifesto no sentido de dar uma resposta a tudo que é maléfico ao bem social coletivo, as rédeas de má dirigibilidade de condução do país tanto na política, quanto na economia, no financeiro, na improbidade administrativa pública, na aética e na amoral de seus políticos.
E o mais relevante é ver que o manifesto tem um cunho patriota, um interesse no bem da própria nação, isto é, sem partidarismos, sem sectarismos. Vejo isso como um excelente legado que o povo deve deixar para as futuras pretensões políticas ou pretendentes políticos.
Para além das bombas de efeito moral que sobraram em alguns manifestos e desapareceram em outros, essa manifestação de hoje chama atenção pela forma inteligente e pacífica, porém determinada em dar um “basta”, que a meu ver seus efeitos só irão findar quando atingido o seu objetivo, ou seja, não é uma manifestação efêmera, pontual, partidarista. Trata-se da vontade da nação conforme esta instituída no preambulo de nossa Constituição, ou seja, que realmente possamos ter um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgada sob a proteção de Deus.    
E essa manifestação é um direito ao exercício de manifesto assegurado pela própria Constituição. Ressalta-se e é de suma relevância saber que o termo “assegurado” é função de garantia dogmático-constitucional, não garantia de direito abstratamente considerado, e sim de seu exercício legal.
Isso tudo porque está mais do que claro, está visível que o povo não admite mais termos um Brasil de política que efetivamente mente. Essa falta de sensatez com os interesses do povo e concomitantemente o aumento da desfaçatez para esses mesmos interesses aludidos, isso é muito grave. Na política, a mentira faz parte do seu cerne, porém com um mundo totalmente globalizado e com diversas ferramentas práticas e céleres em que hoje você consegue facilmente ver, quando há, as contradições e incoerências, é inadmissível conceber que uma mentira se perpetue.
Nesse mesmo seguimento em combater a mentira, estamos conseguindo ver, algumas instituições e homens, pautado e norteado que uma justiça que não se politiza, ela ganha a capacidade de ser justa.
Foi de uma grande alegria terminar esse domingo, extasiado e enaltecido por esse patriotismo que está começando a acordar. E para contribuir um pouquinho mais, deixo como leituras importantes duas dicas: “Mascarados: A verdadeira história dos adeptos da tática Black Bloc” de Esther Solano; Antígona e Maquiavel – A ética jornalística na vida real das redações de Renato Janine Ribeiro.

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