A abordagem de falar sobre retidão é um tema
que vira e mexe volta a ser suscitada, e é tão pertinente, sobretudo, hoje,
numa sociedade onde a crise ética é uma grande realidade.
A falta de retidão despreza o valor da
dignidade humana. Cada vez mais, deparamos com reacionários praticantes de
valores totalmente distorcidos daqueles que por tradição, até hoje, possuem
admirabilidade como: amar ao próximo como a si mesmo ou visar o bem-estar de
todos.
Vivemos essa apatia, essa indiferença egoísta,
esse proceder insensível dos administradores responsáveis perante as agruras
que o povo menos favorecido é submetido. Vivemos a usurpação do direito do dar
ao povo aquilo que é seu de direito. E olha que todos somos povo!
Para enfrentarmos e combatermos essa epidemia
impudente, devemos estar prontos e dispostos a promover a cultura do encontro
ao diálogo construtivo. Encontro esse que chamarei carinhosamente de panacéia.
A panacéia ou a construção do encontro ao
diálogo construtivo no meu entender é a coesão de todos os tipos de sociedade (civil,
política, empresarial, acadêmica, sociais, domésticas), onde a troca de ouvir,
falar, dialogar, ponderar e mediar será o ápice da extirpação dos malefícios.
Contudo, para que consiga surtir os efeitos,
ou seja, que o diálogo tenha um resultado construtivo, precisamos promover o
encontro de forma que ele seja a vitrine das vitrines, isto é, impactante,
demonstrando grande visibilidade, efervescência e Transcendência para toda a
sociedade.
Pois, só assim, através dessas expressivas
colaborações para a relevância da moral, recepcionadas democraticamente,
poderemos deixar como legado para futuras gerações a certeza de que nenhum
Estado Democrático de Direito se perpetuará fechado na pura indução e hipótese
ou simples estabilidade de representação de interesses pessoais ou de grupos.
Em outras palavras, hoje uma verdadeira democracia
quando expressa em sua Constituição princípio da dignidade da pessoa humana
deve-se ter a consciência que está falando holisticamente, pois um princípio
pode não fazer a diferença quando visto fechado, mas quando visto aberto com
todas as suas vertentes e coadunado aos costumes de civilidade e solidariedade
certamente fará. Caso contrário, são
pensamentos e atitudes que não têm mais lugar na sociedade de hoje, menos ainda
terão na de amanhã.
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