sábado, 23 de abril de 2016

Ciclovia Rio de Janeiro, sou brasileiro não aprendo nunca!!!

A ganância, o poder, a ambição, a cobiça... Todas essas ações, vontades e sentimentos desenfreados e desmedidos pelo bem material, pelo status da posição social e pelos que se autoqualificam que estão mais alto ou estão mais elevados que os outros geram as terríveis consequências que a sociedade está pagando.
Hoje, o que se verifica é diferentes segmentos da convivência das metrópoles, uma concepção de vida e de homem equivocada, a qual se limita a valorizar somente o que se vê: o material.
Presencia-se e vive-se, hodiernamente, uma crise de fundamentação, pela qual todos os alicerces pretéritos construídos são considerados inadequados, frágeis e incapazes de acompanhar e promover a sustentabilidade do ser humano e a vida.
A concupiscência sem tréguas pelo poder, a voracidade e anseio incomensurável, a riqueza de pouquíssimos em detrimento de muitos, a perda do valor à vida, a destruição do meio ambiente e a descartada da ética, cria-se esta atmosfera de banalização de valores e o desrespeito.
Quando se observa à trágica e terrível caída da ciclovia, ceifando duas vidas e interrompendo sonhos, fica uma interrogação no ar: pode uma obra inaugurada há pouco mais de três meses, ter sido construída e fiscalizada pela própria empresa?
Pode ser legal, contudo não é ético. Vivemos dentro de um estado falido em tudo, em responsabilidade no uso das verbas públicas, no projeto e planejamento de obras e até no respeito à vida.
Essa prática desvirtuada do materialismo, onde uma minoria que exerce o poder usurpador nunca está satisfeita com o que tem, sempre quer ter mais, sempre busca ter mais, e nunca mede as consequências do que faz para possuir o que precisa, fará, mais uma vez, com que esse episódio termine, depois da comoção pública apaziguada, sem culpa deles.
Em contrapartida, recairá a culpabilidade na natureza, no costão de rochas onde batem as mais fortes ondas do litoral do Rio de Janeiro, e do próprio mar, onde eles olvidam que o mar é um dos mais fortes elementos da natureza.

E para não dizer que estou exagerando, esse prelúdio já se manifestava na década de 1980 quando ao ser atropelado por uma onda quando passava de carro pela Avenida Delfim Moreira, no Leblon, Raul Seixas resignou-se: “a onda está certa, o que está errado é esse negócio de aterro, bota edifício aí”.  

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