sábado, 2 de abril de 2016

O segredo do diálogo, está em saber escutar tanto ou mais do que falar

O que deveria ser regra passou a ser exceção. Inicio assim, de forma bem afirmativa e imperativa, pois na minha visão e entendimento os dois temas que abordo hoje é de suma relevância para a alma, corpo, mente e coração, como também importantíssimo para a coexistência e comunhão das pessoas.
Quero falar de mansidão, que é o estado de espírito de alguém que tem o controle e domínio sobre seu temperamento e atitudes, ou seja, é a calma, a tranquilidade e o equilíbrio emocional, disposição estas necessárias para agradar a Deus e também para convivência e para manter a paz nas relações humanas. E concomitantemente, falar de virtude.
Mansidão, este é um tema considerado em desuso, demodê, descostume, obsoleto, anacrônico por parte do mundano, mas que, em contrapartida, na circunvizinhança cristã tem um patamar muitíssimo importante por ser o terceiro discurso das bem-aventuranças (Evangelho de São Mateus), e que é considerada como o Projeto do Novo Reino, onde basta olhar e ler, e identifica-la como um rol exemplificativo, com o propósito de ensinar como deve ser o caráter daqueles que buscam o Reino dos Céus.
Assim, entende-se que bem-aventurado além de ter o significado de muito feliz, é prenomeado como a pessoa que terá a glória dos céus.
Ora, num habitat tão hostilizado, com suas ricas mazelas onde impera e impõe-se a competividade desumana e anticristã em muitas das relações humanas e comerciais, não é de se esperar outra coisa a não ser a banalização da mansidão nesse mundo mundano.
Banalização esta que, distorce a riqueza e a grandeza não só da mansidão nas bem-aventuranças, mas também das virtudes. Pois, sendo a mansidão esse estado de equilíbrio, intrinsicamente a virtude é uma disposição habitual e firme para fazer o bem.
Nesse contexto, aprende-se e entende-se que no Batismo, Deus infunde na alma, sem nenhum mérito nosso, as virtudes, que são disposições habituais e firmes para fazer o bem.
As virtudes infusas são teologais e morais. As teologais têm como objeto a Deus; as morais têm como objeto os bons atos humanos.
As teologais são três:
1.    Fé;
2.    Esperança;
3.    Caridade.
As morais, que se chamam também virtudes humanas ou cardeais, são quatro:

1.    Prudência;
2.    Justiça;
3.    Fortaleza;
4.    Temperança.

Contudo, benfazejo não confundirmos virtudes com valores, pois sendo as virtudes hábitos bons que nos levam a fazer o bem e podemos tê-la desde que nascemos ou adquiri-las depois, tendo como objetivo uma vida virtuosa chegando a ser semelhante a Cristo, em outra vertente totalmente diferente temos os valores, que são bens que a inteligência do homem conhece, aceita e vive como algo bom para ele como pessoa.
Nesse sentido, podemos dizer que os valores são mais ambíguos, pois nem todas as pessoas consideram as mesmas realidades como valores.

Todavia, as virtudes têm um caráter mais universal, pois o que é uma virtude em uma pessoa também o é em outra.

Nenhum comentário:

Postar um comentário